HISTÓRIA: Cronologia
1907
Nasceu a 17 de Julho em Lisboa na rua Sociedade Farmacêutica.
1917
Frequentou o Colégio Moderno de Coimbra.
1918
Desde os 11 anos que acompanhava ao Museu do Carmo o Pai – José Rodrigues Simões - Tesoureiro da Associação dos Arqueólogos. Participou em várias excursões de estudo dessa Associação “durante as quais mostrava invulgar interesse de aprender”.
1921
Frequentou a Escola Académica (Lisboa).
1922
Frequentou o curso nocturno de Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
1925
O cinema tornou-se matéria de grande entusiasmo para Santos Simões. Assinava revistas francesas de cinema, conhecia os principais actores e encenadores da época, as grandes companhias produtoras e as últimas inovações técnicas.
1925 - 1926
Inscreveu-se na Faculdade de Direito de Lisboa, cujo curso frequentou até ao 2º ano. Abandonou a Faculdade para ingressar na vida prática empregando-se na Companhia de Pesca de Cetáceos em Tróia.
1926
Viajou para Inglaterra e ingressou no College of Technology, em Manchester, com o objectivo de frequentar um estágio técnico em fábricas têxteis e de poder tomar conta da gerência da Fábrica de Fiação de Tomar.
1926 - 1928
Ainda em Inglaterra frequentou a Escola Municipal de Oldham.
1929
Estudou em França, formando-se em Engenharia Têxtil na École Superieure de Filature et Tissage de Mulhouse. A fim de se especializar na parte técnica da indústria algodoeira efectuou estágios na Alemanha (Zittau, Chemnitz, Dresden, Colónia), Checoslováquia (Liberec) e, de novo, em Inglaterra.
Durante as férias que passava no estrangeiro, viajou por quase toda a Europa (Suiça, Áustria, Hungria, Bélgica e Holanda).
1930
Realizou uma viagem a Itália.
1931
Regressou definitivamente a Portugal. Casou-se com Fernanda Neves e fixou morada em Tomar, junto à Fábrica de Fiação, na qual ficou como gerente técnico e onde se conservou durante 25 anos.
1932
Foi um dos fundadores do Ski Club de Portugal na Serra da Estrela, através do qual se construiu a primeira pista de ski nos Piornos.
1936
Realizou nova viagem a Itália.
1938
Viajou, em Agosto, até aos E.U.A. onde visitou a redacção do jornal A Luta, bem como a tipografia do mesmo jornal. Visitou ainda fábricas locais de Nashawena, Kendall e a Escola Têxtil de New Bedford. Também visitou fábricas de algodão em Nova Inglaterra e no Estado da Geórgia.
1939
Interessou-se pelo campismo. Introduziu em Portugal as roulottes rígidas e era proprietário de uma roulotte que baptizou de Casal vadio.
1942
Publicou no Instituto de Coimbra o primeiro trabalho escrito em História da Arte que abordava o tema Sansovino em Portugal.
Realizou, em Agosto, uma viagem a Espanha para recolha de elementos de estudo sobre azulejaria.
1943
Publicou a obra Tomar e a sua Judiaria.
O gosto pelo estudo e pela “novidade” lançam-no nas investigações sobre Azulejos
Publicou o primeiro trabalho sobre azulejos: "Alguns Azulejos de Évora" na revista A Cidade de Évora.
Foi nomeado, em Março, Director-Conservador do Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto em Tomar, cujas obras dirigiu.
Foi nomeado superintendente do Convento de Cristo, além de outros monumentos do concelho de Tomar.
1944
Estagiou no Instituto Valencia de Don Juan em Madrid e no Museu Arqueológico da mesma cidade. Em Talavera de la Reina foi admitido como praticante na fábrica de Ruiz de Luna onde aprendeu o suficiente para ter uma noção prática dos processos técnicos referentes à azulejaria.
O que sei sobre azulejos é, por enquanto, apenas o fruto de observação de algumas centenas de exemplares que tenho pretendido coordenar cronológica e artisticamente. Ajudado da bibliografia da especialidade, tão parca e confusa, e da analise comparativa venho de facto fazendo luz sobre o problema histórico-artístico da azulejaria portuguesa, mas daqui a poder arcar com a responsabilidade de “mestre” ainda me falta muito…
Ainda não comecei propriamente com a parte de investigação documental e muito há a rebuscar neste campo sobre o qual pretendo basear as conclusões de carácter histórico. Faltam-me também certos conhecimentos da parte puramente técnica cujo conhecimento me é indispensável e tudo isto levará o seu tempo.
Participou, em Outubro, no Congresso para o avanço das Ciências em Córdova com o envio do texto “Azulejos arcaicos em Portugal”.
Publicou um estudo sobre os “Azulejos de Beja” na revista Arquivo de Beja.
1944 - 1945
Foi convidado a colaborar com o Centro de Estudos de Arte e Museologia do Museu Nacional de Arte Antiga, onde estudou os azulejos desse núcleo museológico e onde apresentou comunicações sobre azulejaria. Na sua casa de Tomar montou um pequeno laboratório para exame de pastas e esmaltes.
Publicou “Antwerpe tegels van omstrecks 1558 in Portugal” em Antwerpens Koninklike Oudheidkundige Kring.
1945
Apresentou, no dia 3 de Maio, à Associação dos Arqueólogos Portugueses a comunicação Azulejos Arcaicos de Portugal.
Publicou Os azulejos do Paço de Vila Viçosa, edição da Fundação Casa de Bragança.
Realizou, em Agosto, uma viagem a Espanha (Albuquerque, Badajoz, Olivença) onde desenvolveu estudos sobre cerâmica. Proferiu uma conferência em Badajoz.
Reatadas as relações internacionais tenho agora mantido interessantíssima correspondência com investigadores estrangeiros, especialmente na Holanda, Bélgica Itália e Inglaterra…
Esteve na Bacalhôa, em Setembro, onde Mrs Scoville mostrou o que restava dos azulejos valencianos ali encontrados.
1946
No capítulo das Descobertas … tem emagrecido o filão…. Apenas identifiquei os azulejos da Madre de Deus como holandeses, e tenho encontrado outros da mesma proveniência, mas de menor interesse. Estabeleci contacto com quasi todos os investigadores estrangeiros de cerâmica, e mantenho agora uma aturada correspondência, do maior interesse. (Janeiro)
Apresentou uma comunicação, a 5 de Fevereiro, à Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses intitulada Inscrições Estilográficas na Batalha.
Publicou “Maioliche fiamminghe e spagnole in Portogallo” em Faenza – Bolletino del Museo Internazionale delle Ceramiche.
Realizou a viagem de Primavera entre Maio de Julho, dirigindo-se à Holanda, Suiça, Inglaterra e Bélgica como bolseiro do Instituto de Alta Cultura. Nesses meios procurei estudar objectiva e documentalmente os problemas ligados à cerâmica em geral, e em especial, à cerâmica decorativa. Nos Museus Victoria and Albert e British, particularmente interessei-me pela azulejaria oriental – Pérsia, Índia, Ásia Menor, etc – e ainda de forma muito especial, pela majólica italiana (…). Em Bruxelas, Antuérpia, Gante e Lovaina, interessei-me pela misteriosa cerâmica flamenga primitiva, na Holanda – Amesterdão, Delft, Harlem e Roterdão – estudei a azulejaria holandesa, cujo conhecimento sempre havia considerado fundamental para a compreensão do fenómeno português. Sem ter a pretensão de haver resolvido todos os problemas, antes com a plena consciência de que ainda tenho muito e muito que trabalhar, a verdade é que desta proveitosíssima viagem de quasi dois meses, trago elementos de trabalho preciosos e que muito consolidaram os meus ainda diminutos conhecimentos.
Entre 23 e 31 de Maio frequentou um curso para conservadores de museus em Leicester – Demonstration Course on Museum Technique – e a 8 de Junho proferiu uma conferência na Société Royale d´Archéologie de Bruxelas.
Realizou ainda conferências sobre Azulejos em Portugal no Victoria and Albert Museum em Londres, Rijksmuseum de Amesterdão e Musée d’Art et d’Histoire de Bruxelas.
Recebeu o prémio José de Figueiredo pela obra Os Azulejos do Paço de Vila Viçosa.
Foi eleito vogal efectivo da Academia Nacional de Belas-Artes de Lisboa.
Publicou “Panneaux de majolique au Portugal” em Faenza – Bolletino del Museo Internazionale delle Ceramiche.
Realizou uma conferência, a 21 de Setembro, sobre Os Azulejos da Casa do Paço da Figueira da Foz.
Matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra no curso de Ciências Histórico-Filosóficas.
1947
Mantenho relações estreitas com Gaetano Ballardini – o padre-mestre da Cerâmica italiana – e ele tem-me enviado bastantes informações sobre a cerâmica decorativa existente em Itália. No entanto não há ali um estudo de pormenor ou especialidade e lá, como cá, a cerâmica de revestimento tem estado enfeudada à Cerâmica geral. Quando estive em Itália em 1930 e depois em 1936 ainda não me interessava por este assunto deixando de ver, portanto, o que lá havia.
Realizou uma viagem a Espanhapara estudar azulejaria.
Entre 1 de Março a 1 de Julho, Santos Simões organizou no Museu Nacional de Arte Antiga a VI Exposição Temporária – Azulejos e foi responsável pela elaboração do respectivo catálogo. No dia 3 de Março, apresentou uma conferência intitulada Panorama do Azulejo em Portugal.
Publicou o estudo A Casa do Paço da Figueira da Foz, edição do Museu Municipal Dr. Santos Rocha na Figueira da Foz.
1948
Organizou um curso de História da Arte para alunos estrangeiros na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Publicou “Azulejos Holandeses do Palácio Saldanha” na revista Belas Artes – Boletim da Academia Nacional de Belas Artes.
Foi escolhido para Secretário Geral do XVI Congresso Internacional de História de Arte realizado em Portugal em 1949 e, com o objectivo de preparar tal evento, viajou pelaInglaterra, Holanda, Bélgica e França.
1949
Participou no XVI Congresso Internacional de História da Arte em Lisboa e onde, pela primeira vez, Santos Simões propôs o azulejo como matéria de estudo independente da cerâmica em geral.
Efectuou, a 21 de Outubro, uma viagem à Europa (Inglaterra, Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica e França). Esteve em Londres onde apresentou a palestra Portuguese Painted Tiles no Lecture Theatre of the Victoria & Albert Museum. Esteve também em Paris e contactou com Louis Réau que lhe ofereceu um livro.
1950
Realizou, em Março, uma viagem até Espanha para estudar azulejaria.
Publicou “Portuguese Painted Tiles” em The Anglo-Portuguese Society.
Reintroduziu a antiga Festa dos Tabuleiros em Tomar ao estudar os aspectos etnográficos.
1952
Apresentou na Academia de Belas Artes de Santa Isabel da Hungria, em Sevilha, uma comunicação sobre Frontais de Altar de Azulejo da Mesquita Catedral de Córdova. Tornou-se membro correspondente da mesma Instituição.
Entre 22 de Julho e 1 de Agosto, viajou até à Holanda. Visitou várias cidades e respectivos museus. Participou no Congresso de História da Arte em Amesterdão. A 24 de Julho, assistiu à comunicação de René Huyghe sobre Leonardo Da Vinci e de Gomez Moreno. A 30 de Julho apresentou uma conferência no Museu Municipal intitulada Azulejos Holandeses em Portugal e em Espanha. Visitou museus em Haia, Harlem, Gouda, Oudewater, Roterdão, Delft onde tirou notas e fez desenhos.
1952 - 1953
Organizou o I Curso de Estudos Tomarenses.
1953
Foi nomeado cidadão honorário de Tomar.
1955
Publicou “Les carreaux céramiques hollandais au Portugal et en Espagne” nas actas do XVII Congresso Internacional de História de Arte realizado em Amesterdão, em 1952.
1956
Após o falecimento do Pai, deixou a Fábrica de Fiacção de Tomar e passou a residir em Lisboa.
Apresentou, em Janeiro, uma conferência em Badajoz sobre Azulejaria Flamenga y Holandesa en España y en Portugal.
Tive a honra de solicitar a opinião do Sr. Calouste Gulbenkian e pedir o seu conselho sobre a pessoa que me poderia esclarecer. Foi assim que encetei as minhas relações epistolares com o S.R. o Arcebispo Arménio de Paris, Mgr. Artavazd Surméyan, o qual me honrou recebendo-me na Igreja Arménia de Paris e, ali, em inolvidáveis colóquios, colhi preciosos elementos informativos que muito enriqueceram a minha investigação. (…) Este pequeno pormenor julgava eu de real interesse para justificar o patrocínio da Fundação Gulbenkian para a obra [Dutch Painted Tiles in Portugal and Spain] na qual, assim, se faria referência extensa à actividade de notáveis personalidades arménias, com a publicação dos estranhos e raros azulejos em epígrafes em caracteres arménios, e que como é natural, tanto interessaram o falecido Sr. Gulbenkian e, de uma forma geral interessaram à comunidade arménia.(…) (Maio).
1957
Entre 24 de Junho e 7 de Julho esteve na Holanda a preparar a edição da obra Dutch painted Tiles in Portugal and Spain. Visitou Museus e palácios em várias cidades, entre as quais Roterdão, Wormer, Leiden, Haia, Amesterdão, Delft, Leeuwarden, Edam e Hoorn.
Iniciou a colaboração com o Museu Nacional de Arte Antiga na qualidade de conservador-ajudante prestando apoio à colecção de Cerâmica. Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura.
Efectuou, a 13 de Novembro, uma viagem ao Sul de Espanha (Medina-Sidónia, Cádiz, Huelva).
1958
Criação da Brigada de Estudos de Azulejaria pela Fundação Calouste Gulbenkian cuja finalidade é a elaboração do Corpus da Azulejaria Portuguesa, sendo Santos Simões nomeado como Director da Brigada de Estudos de Azulejaria.
Ministrou, em Fevereiro, um curso de história e estética da cerâmica destinado a conservadores estagiários.
Esteve na Holanda, entre Abril e Junho, a tratar da publicação da obra Azulejos Holandeses. Visitou Haia, Oudewater, Haasdrecht, Gouda, Haia, Haarlem. Deu conferências em Haia, no Museu Boijmans, no Museu Municipal de Amesterdão, no Museu Princessehof em Leeuwarden. A 30 de Maio visitou o Museu Hannemahuis em Harlingen.
Deu uma conferência em Paris no Museu de Artes Decorativas intitulada La Céramique Décorative au Portugal - Azulejos e Carreaux Céramiques Hollandais au Portugal et en Espagne na Société des Amis de Sèvres, bem como na Casa de Portugal.
1959
Publicou Les carreaux céramiques hollandais au Portugal et en Espagne, Martinus Nijhoff.
Recebeu de novo o prémio José de Figueiredo pela obra Dutch Painted Tiles in Portugal and Spain, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Entre Maio e Setembro visitou o Brasil a convite do Ministério da Educação e Cultura e da Universidade do Recife. Proferiu palestras nas Universidades de Pernambuco, Baía, Olinda e Rio de Janeiro.
Publicou o livro intitulado Azulejos Holandeses no Convento de Santo António do Recife, que foi escolhido para contribuição do património Histórico e Artístico Brasileiro ao IV Colóquio de Estudos Luso-Brasileiros, realizados na cidade do Salvador. Este trabalho mereceu a 1ª classificação entre os dez melhores livros sobre Arte publicados no Brasil em 1959.
A 31 de Dezembro o Dr. João Couto dirigiu um ofício ao Director Geral do Ensino Superior e das Belas Artes reforçando a ideia da instalação do Museu do Azulejo nas salas do Mosteiro da Madre de Deus e referindo o nome de Santos Simões para o auxiliar nesta tarefa.
1960
No âmbito da criação do Museu do Azulejo, Santos Simões redigiu vários documentos: Museu do Azulejo: Proposta para a sua creação e Adaptação dos Edifícios do antigo convento da Madre de Deus a Museu de Azulejaria.
Publicou Majólica Italiana do Paço de Vila Viçosa.
Viajou, em Setembro, para Espanha onde visitou o Museu Marítimo e o Museu Histórico de Barcelona.
1961
Esteve nos Açores, em Maio, onde fez o levantamento azulejar de igrejas e deu uma conferência em Angra do Heroísmo. Esteve também na Madeira e em Ponta Delgada onde deu outra conferência.
Esteve em Paris, a 28 de Dezembro, onde visitou a Exposição sobre Arte do Irão.
1962
Apresentou uma comunicação, a 26 de Janeiro, na Academia Nacional de Belas Artes intitulada Francisco de Matos e os Ceramistas Flamengos de Lisboa.
Esteve no Brasil, onde proferiu uma conferência no Rio de Janeiro.
Publicou "Da exposição temporária de azulejaria ao Museu do Azulejo” no Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga.
1963
Publicou Azulejaria Portuguesa nos Açores e na Madeira – 1º vol. do Corpus da Azulejaria Portuguesa, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Esteve na Madeira, a 16 de Janeiro, onde estudou a colecção do Dr. Frederico de Freitas e a Quinta das Angústias.
Apresentou uma comunicação na Academia Nacional de Belas Artes, a 13 de Março, intitulada Um retábulo datado e não conhecido na Madeira.
Esteve na Madeira e nos Açores onde tirou notas sobre moinhos de vento. A 6 de Junho comprou um moinho.
Neste ano, o Patriarcado de Lisboa criou uma Comissão de Arte Sacra e Santos Simões foi chamado para fazer parte da 5ª sub-comissão onde desempenhou funções de consultor na área das Actividades Formativas.
Esteve na ilha de S. Miguel, a 30 de Março e entre 3 a 10 de Abril, onde deu uma conferência sobre Os Azulejos nos Açores e fez também levantamento de azulejos. No dia 3 de Abril viajou até à Ilha Terceira, onde participou na IIª Semana de Estudos patrocinada pelo Instituto Açoriano de Cultura. Apresentou uma comunicação intitulada O problema manuelino e a introdução do Renascimento em Portugal.
Esteve na Madeira, em Agosto, onde ministrou um curso de Palestras integrado na XXV Missão Estética de Férias.
Participou na 4ª Reunião dos Conservadores dos Museus, Palácios e Monumentos Nacionais em Coimbra, de 16 a 19 de Outubro.
Foi nomeado conservador-ajudante do Museu Nacional de Arte Antiga, a 18 de Novembro.
1964
Fundou a Associação Portuguesa dos Amigos dos Moinhos.
Visitou o Brasil, entre Outubro e Novembro, onde fez levantamento de azulejos, organizou uma equipa para desenvolver o trabalho do Corpus de Azulejaria e deu palestras sobre Molinologia.
Viajou até Londres, em Maio, onde deu uma palestra intitulada Portuguese Windmills no Lecture Theatre of the Science Museum a convite da Wind and Watermill Section da Society for the Prevention of Ancient Buildings de Londres.
Esteve também na Holanda onde, a 13 de Maio fez uma comunicação no Rotterdamsche Kunstring sobre Azulejos Holandeses nos Açores e no Brasil. No dia 19 de Maio, em Leeuwarden, deu uma conferência também sobre azulejos.
Publicou "The tiles of Spain and Portugal" e "The influence of Dutch tiles in Portugal and Brazil” em Fliesen.
1965
Publicou Azulejaria Portuguesa nos Açores e na Madeira 2º vol. do Corpus da Azulejaria Portuguesa, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Promoveu o I Simpósio Internacional sobre Moinhos, no qual propôs a criação do conceito de Molinologia para designar o estudo de moinhos.
1966
Organizou várias lições sobre A História do Gosto integradas no curso de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes.
Publicou “O Museu do Azulejo no Convento da Madre de Deus (1964-1965)" no Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga.
Efectuou uma viagem aos Estados Unidos da América, entr 6 e 18 de Setembro, onde participou no VI Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros (Cambridge e Nova York), no qual cumpriu a função de comentador da palestra de Flávio Gonçalves. Apresentou também uma comunicação intitulada Presenças Orientais na Arte Luso-Brasileira.
1967
Realizou uma viagem à Turquia, entre Setembro e Outubro, onde participou na Assembleia Geral e no Congresso da Académie Internationale de la Céramique, na qualidade de Delegado de Portugal da mesma instituição. Foi ainda Presidente do Júri Internacional para a atribuição do Grand Prix da Academia. Na Turquia visitou Bursa (5 e 6 de Setembro). De regresso a Portugal visitou a cidade de Roma.
Visitou Marrocos.
A 24 de Maio deu uma Conferência na Fundação Calouste Gulbenkian sobre Cerâmica Decorativa em Marrocos.
Entre 5 de Dezembro e Fevereiro do ano seguinte, organizou na Fundação Calouste Gulbenkian um ciclo de palestras sobre azulejaria, com o objectivo de apresentar os primeiros resultados do trabalho desenvolvido pela Brigada de Estudos de Azulejaria.
1968
Visitou os E.U.A. entre Maio e Junho.
Esteve no Brasil, entre 12 de Setembro e 9 de Outubro, onde participou no Festival Luso-Brasileiro do Barroco (São Salvador da Bahia). A 28 de Setembro esteve no Rio de Janeiro e deu uma palestra no dia 1 de Outubro no auditório do Instituto do Livro sobre Constantes Barrocas da Arte Luso-Brasileira: Talha e Azulejo. A 3 de Outubro regressou a São Salvador e a 6 viajou para o Recife. No dia 8 às 18h deu uma palestra na Escola de Arquitectura e às 21h50m concedeu uma entrevista a um programa de televisão. Do Recife partiu, no dia 9, para Portugal.
1969
A 31 de Janeiro fez uma comunicação na Academia Nacional de Belas Artes sobre O Panorama de Jerusalém da Madre de Deus.
Publicou Azulejaria em Portugal nos séculos XV e XVI – 3º vol. do Corpus da Azulejaria Portuguesa, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Participou, entre 9 e 13 de Abril, no colóquio internacional sobre azulejaria que decorreu na Ilha de Hooge na Costa Schleswig-Holstein na Alemanha, apresentando New findings of Dutch Tiles in Portugal and Brazil.
Participou, a 16 de Maio, no II Simpósio de Molinologia em Copenhaga. Juntamente com A. Jespersen e Rex Wails decide criar The International Molinological Society (TIMS), facto que só seria oficializado em 1973. No âmbito da TIMS realizou-se a recuperação de dois moinhos setecentistas localizados na Ajuda.
1971
Realizou uma viagem a Londres, a 16 de Junho, onde desenvolveu investigações na Biblioteca do Victoria & Albert Museum.
Encontrava-se em Amesterdão, a 22 de Junho, onde visitou o Museu Marítimo (Nederlandish Historisch Scheepvaartmuseum).
Santos Simões encontrava-se em Bruxelas, a 24 de Junho, onde assistiu a conferências no âmbito da Europa Nostra, na qual esteve presente o Príncipe Alberto de Liège.
Participou no programa Frente a Frente na RTP 1, a 29 de Setembro.
Realização do IºSimpósio Internacional de Azulejos. Symposium on Tiles. A 15 de Outubro, Santos Simões apresentou a palestra Azulejos as Aesthetimetric Indexes.
Publicou Azulejaria em Portugal no século XVII – 4º vol. do Corpus da Azulejaria Portuguesa, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
1972
Faleceu em Lisboa, a 15 de Fevereiro.
[informação compilada por Susana Varela Flor, disponível em Paulo Henriques (coord.), João Miguel dos Santos Simões 1907–1972, Lisboa, Ministério da Cultura, Instituto Português de Museus, Museu Nacional do Azulejo, 2007]
Santos Simões no escritório da Fábrica de Fiação, Tomar, 1946
Santos Simões em S. Gotardo, Suíça, 1929
Santos Simões no Palácio Fronteira, Lisboa, 1971