Padrão policromo, de contorno azul, com um centro e dois elementos de ligação, todos definidos e articulados por uma malha de ornatos brancos. O centro é constituído por laçarias brancas sobre fundo azul, contracurvadas, terminando em enrolamentos, que se entrelaçam dispondo-se de forma circular em torno de uma reserva recortada de fundo amarelo de contorno branco. Esta apresenta um motivo floral branco recortado, que alterna folhas e flores de cálice com conta azul, projectados a partir de motivo quadrangular, azul e amarelo, com flor de pétalas amarelas e núcleo circular azul e branco. O elemento de ligação de maiores dimensões desenha uma reserva quadrangular de lados curvos, acentuados por rebordo amarelo e de fundo azul. Circunscreve florão de acanto a branco sobreposto por motivo estrelado amarelo com núcleo em quadrado sobre vértice azul de contorno amarelo. O outro elemento de ligação, de forma losangular, acentuados por rebordo amarelo e de fundo azul, circunscreve flor de pétalas brancas e núcleo circular amarelo.

Ainda no contexto das “laçarias”, que se curvam num sentido mais barroco, este padrão era comum nas oficinas de Sevilha, tendo sido reproduzido em Lisboa durante toda a primeira metade do século XVII (SIMÕES – Azulejaria em Portugal no século XVII, Tomo I, p. 32).

Padrão\com um centro e um elemento de ligação | Forma lobulada inscrevendo florão [C]; florão [EL]; forma poligonal com flor [EL]

Padrão\desenvolvido em malha

Ritmo visual\Em repetição o padrão permite a observação de\ritmos: verticais, horizontais, diagonais e ondulatórios

Portugal/Lisboa/Lisboa