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Autorias

BARCO, Gabriel del (1648-)

Pintor

Nota Biográfica:
Gabriel del Barco nasceu em Siguenza, um município espanhol da província de Guadalajara em 1648, tendo sido baptizado a 6 de Dezembro do mesmo ano. Viveu em Madrid desde 1666 tendo acompanhado o embaixador de Castela na sua vinda para Lisboa em 1669. Muito embora se conheçam vários dados sobre o pintor, em grande medida fruto das investigações de Vergílio Correia e João Miguel dos Santos Simões, a verdade é que muito permanece por esclarecer, nomeadamente em relação aos primeiros anos da sua actividade em terras portuguesas, apenas subsistindo alguns documentos que ligam o espanhol à pintura de tectos, infelizmente desaparecidos: Igreja de São Luís dos Franceses, em 1681, e Igreja do Convento da Divina Providência. Era, todavia, um pintor reconhecido, pois em 1683 estava inscrito na Irmandade de São Lucas, apenas reservada aos mais eruditos. A sua carreira como pintor de azulejos deverá ter sido tardia, pois apenas se conhecem obras assinadas na última década da centúria, quando contava já com quarenta anos. A primeira, assinada e datada de 1689, é a capela-mor da Igreja do Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, em Évora. Os trabalhos realizados quer para os Lóios, quer para a casa na zona da Rua de São Bento e para uma capela particular, em Portalegre, constituem as últimas obras conhecidas de Gabriel del Barco. A 18 de Janeiro de 1701 faleceu Agostinha das Neves, quando ambos moravam junto ao Mosteiro das Inglesinhas. No rol de confessados desse ano, Barco surge como viúvo e morador na Travessa das Inglesas, onde se mantinha quando, em 18 de Abril voltou a casar com Maria Teresa Baptista. A partir desta data nada mais se sabe sobre Gabriel del Barco. Há quem defenda que regressou a Espanha, outros que continuou a pintar até pelo menos 1703, ano em que terá deixado incompleta a obra da Igreja matriz do Sardoal, que lhe é parcialmente atribuída (MECO - Azulejos de Gabriel del Barco [...], p. 75). Santos Simões referia mesmo que Barco se manteve em actividade até 1708, mas sem apresentar qualquer justificação para esta data (SIMÕES - Azulejaria em Portugal no século XVIII, p. 20). A verdade, porém, é que nenhum dado pode corroborar qualquer das hipóteses. Apenas a referência de Frei Agostinho de Santa Maria parece trazer alguma luz à questão pois, em 1707, lamenta-se da falta de entusiasmo para com a devoção a Nossa Senhora da Atocha, por lhe ter faltado Gabriel del Barco (p. 345-347). [RSC]

Cronologia

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