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Número / Identificador:
P-17-00212
Módulo:
2x2/1
Designação:
Camélia
Justificação:
SIMÕES - Az. Séc. XVII, tomo I, 1997 [1971], p. 44
Nota descritiva:

Padrão em azul e branco com um centro e dois elementos de ligação. O centro é constituído por uma flor disposta em quadrado sobre o vértice, formada por três camadas de pétalas semicirculares e lanceoladas, em tons de azul, com rebordo branco e núcleo com pétalas brancas. É envolvida por vários caules com folhas a azul e uma baga. Das pétalas situadas nos eixos projectam-se hastes que se unem a um dos elementos de ligação. Um elemento de ligação é composto por florão de folhas de acanto recortadas e interior com pétalas brancas. O elemento de ligação de menores dimensões é constituído por outro motivo floral estilizado, de pétalas alongadas em dois tons de azul, intercalando hastes rematadas por contas.

Inspirado em motivos chineses, este padrão ficou conhecido como “camélia” e foi um dos mais comuns na azulejaria portuguesa do século XVII, sobretudo no terceiro quartel da centúria (1650-1670) (SIMÕES – Azulejaria em Portugal no século XVII, Tomo I, p. 44). O motivo principal resulta da estilização de uma flor – peónia ou rosa –, que se abre em várias camadas de pétalas e cuja dimensão parece ser proporcional à passagem do tempo, uma vez que os exemplares mais próximos do final de Seiscentos ou já do início do século XVIII apresentam a “camélia” cada vez mais reduzida e envolta por uma profusão de folhagens (PAIS - Padrões (ainda) imprecisos (...), p. 144).

Ritmo Visual:
Em repetição o padrão permite a observação de três ritmos: vertical, horizontal e diagonal. Em repetição observam-se ainda formas em quadrado, pela preponderância do azul mais forte das flores do centro
Classificação:
Padrão\com um centro e dois elementos de ligação; Flor (camélia) [C]; florão [EL]; motivo floral [EL] Ritmo visual\Em repetição o padrão permite a observação de\formas quadrangulares; Resultantes da preponderância do azul mais escuro
Produção:
Portugal/Lisboa/Lisboa

Datas importantes

Iconografia

Sobre a ficha
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Referências

Azulejaria em Portugal no século XVII. 2ª. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997 [1971].

De acordo com Santos Simões, este padrão é inspirado num motivo ornamental de origem oriental, que resulta da estilização de uma flor - rosa ou magnólia (SIMÕES - Az. Séc. XVII, tomo I, 1997 [1971], p. 44).

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