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Número / Identificador:
P-17-00473
Módulo:
4x4/4
Designação:
Camélia
Justificação:
SIMÕES - Az. Séc. XVII, tomo I, 1997 [1971], p. 44
Nota descritiva:

Padrão policromo, com dois centros interligados. Um é constituído por uma flor aberta formada por três camadas de pétalas semicirculares, em tons de roxo com rebordo amarelo, e núcleo composto por flor de quatro pétalas branca. A partir das pétalas exteriores projectam-se folhas azuis e caules. O outro centro é composto por quatro enrolamentos de folhagens azuis e amarelas intercaladas por flores trifoliadas a amarelo. Cada enrolamento envolve flor de cálice recortada, amarela, rematada por duas flores cruzadas, em tons de amarelo e azul, que envolvem e se ligam a forma geométrica com flor de pétalas amarelas. Os dois centros são ligados pela haste da flor de cálice e por caules curvos, com folhas e flores, projectados em direcções opostas e entrelaçando os enrolamentos de folhagem, que funcionam como elemento de ligação.

Inspirado em motivos chineses, este padrão ficou conhecido como “camélia” e foi um dos mais comuns na azulejaria portuguesa do século XVII, sobretudo no terceiro quartel da centúria (1650-1670) (SIMÕES – Azulejaria em Portugal no século XVII, Tomo I, p. 44). O motivo principal resulta da estilização de uma flor – peónia ou rosa –, que se abre em várias camadas de pétalas e cuja dimensão parece ser proporcional à passagem do tempo, uma vez que os exemplares mais próximos do final de Seiscentos ou já do início do século XVIII apresentam a “camélia” cada vez mais reduzida e envolta por uma profusão de folhagens (PAIS - Padrões (ainda) imprecisos (...), p. 144).

Classificação:
Padrão\com dois centros e um elemento de ligação; Flor (camélia) [C]; quatro enrolamentos de folhagem [C]; flor [EL]
Produção:
Portugal/Lisboa/Lisboa

Datas importantes

Iconografia

Informação Técnica

Sobre a ficha
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Referências

Azulejaria em Portugal no século XVII. 2ª. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997 [1971].

    - Padrões (ainda) imprecisos. A azulejaria de repetição no século XVII. Um gosto português. O uso do azulejo no século XVII. Lisboa : MNAz/Athena. 2012. pp. 83-95.

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