logotipo

O museu não detém a propriedade de direitos autorais e não se responsabiliza por utilizações indevidas praticadas por terceiros. Saiba mais



Revestimento cerâmico da fachada
Edifício no Campo de Santa Clara, n.º 124-126
[Lisboa]
Designação:
Revestimento cerâmico da fachada
Número:
LX_SV_CpSC_0124_01
Tipo de Património:
Azulejo
Nota descritiva:
Fachada integralmente revestida por azulejos, com excepção do embasamento, pilastras laterais, frisos entre pisos, cornija e vãos, em cantaria ou em massa. Os azulejos, policromos, preenchem os três níveis da fachada. No piso 1, em tons de roxo e de modo bastante realista, as almofadas rectangulares com moldura em "trompe l❜oeil" que se adaptam aos vãos, simulam o calcário liós, na sua variedade "abancado", mais avermelhada. O liós, nas suas diversas variedades, é a rocha ornamental mais típica e nobre da região de Lisboa. Na Natureza, apresenta-se frequentemente fossilífero e os padrões gerados pelos fósseis de rudistas (bivalves cretácicos extintos) na rocha estão representados nestes azulejos. É possível reconhecer representações de fósseis de rudistas caprinídeos (com secções algo reniformes) e de radiolitídeos (com secções anelares, circulares). Patentes nesta imitação de liós existem também linhas em zigzag, desenhadas em tom mais escuro, simulando um outro aspecto geológico comum no liós: estilólitos ou suturas estilolíticas. Como fundo das almofadas, assim como nas molduras das cartelas dos pisos superiores, observa-se um outro padrão de rocha ornamental, a azul e, nos pisos 2 e 3, outro ainda, a amarelo. Nestes casos, não é possível reconhecer uma qualquer rocha ornamental em concreto, podendo-se afirmar que os azulejos parecem tentar reproduzir calcário ou mármore, rochas frequentemente usadas em revestimentos exteriores. Circundando e coroando as janelas dos pisos 2 e 3 existem representações de elementos arquitectónicos em cantaria - frontão e ombreiras - complementando o caixilho em rocha natural das janelas de sacada. Por serem da mesma cor e estarem em continuidade com a cantaria das janelas, assume-se que representem o mesmo tipo de rocha: calcário liós de cor creme da região de Lisboa. A opção por um revestimento figurativo nos pisos 2 e 3 é mais invulgar, observando-se, em pares de reservas rectangulares, os bustos de figuras masculinas de perfil, viradas para o centro da fachada, inscritos em cartelas ovais perladas. Em cada extremo do edifício estão colocados verticalmente pares de reservas rectangulares mais estreitas e profusamente decoradas, com cartela. Sobre o lintel das janelas de sacada surge um frontão interrompido, imitando cantaria, em tons de roxo, exibindo, ao centro, cabeça feminina coroada ou uma concha. A balaustrada é em cerâmica, embora os vasos de remate sejam em cantaria liós.

Datas importantes

Sobre a ficha

A carregar...

® Copyright © 2022 Az - Rede de Investigação em Azulejo [ARTIS-IHA/FLUL] |
Em parceria com o Museu Nacional do Azulejo | Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) |
Muda Contraste Atalhos Acessibilidade
in web Acesso Online ao Património. Sistemas do Futuro
logotipo
CONTATOS

Site: institutoburlemarx.org
Instagram: @institutoburlemarx
Email: info@institutoburlemarx.org



TERMOS E CONDIÇÕES




Instituto Burle Marx Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados
in web Acesso Online ao Património. Sistemas do Futuro