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Revestimento cerâmico da nave e da capela-mor
Ermida de Nossa Senhora da Cabeça
[Évora]
Designação:
Revestimento cerâmico da nave e da capela-mor
Número:
IAPCEV01760101
Tipo de Património:
Azulejo
Nota descritiva:
O revestimento cerâmico da nave, de padrão (P-17-001041) em tons de azul e branco, é delimitado por cercadura (C-17-00153) e barra (B-17-00113), entre as quais se encontra um friso monocromo, branco. O espaço é percorrido por rodapé de flores e folhagem constituído por azulejos de cercadura. A envolver os vãos observa-se um friso ou cantoneira de flores (F-17-00019) e, a formar os emolduramentos que flanqueiam a porta principal, observa-se a mesma cercadura (C-17-00153) envolta por frisos azuis e brancos, delimitando o padrão principal. Nas pilastras do arco triunfal observa-se uma cercadura exterior, aplicada apenas na vertical, e o friso ou F-17-00058 formando uma moldura que enquadra a cercadura C-18-00057. No intradorso do arco, delimitados pelo mesmo friso, observam-se motivos de grotesco, formando grandes flores estilizadas. A parte superior do arco continua o revestimento das pilastras, interrompido na zona central pela simulação de uma pedra de fecho e, sobre este, a área figurativa é enquadrada pela barra B-18-00054, articulada com os respectivos centros (B-18-00054-ctr01). Ao centro observa-se cartela com volutas sobre panejamento pendente, ladeada por figuras femininas híbridas e por figuras infantis aladas que seguram festões de flores. Na cartela é visível um poço e uma filactéria com a legenda: DVLCIS AMARI. Na capela-mor o revestimento, também em tons de azul e branco, preenche as paredes laterais e as trompas da cúpula, assim como as áreas que flanqueiam o altar-mor, preenchidas com simulação de pilastras e volutas que parecem sustentar o próprio altar. Nas paredes laterais (parede 1 e 3) observa-se, inferiormente, nova simulação arquitectónica, com pilastras laterais e moldura rectangular decorada por enrolamentos vegetalistas e figuras infantis aladas, que enquadram a cartela central, de formato circular. Do lado do Evangelho é visível uma paisagem com uma lua e, do lado oposto, uma paisagem com um sol. Superiormente, e delimitado pela mesma barra B-18-00054 articulada com os cantos (B-18-00054-ct01) e centros (B-18-00054-ctr01) respectivos, que acompanha o remate semicircular da parede, observa-se o nascimento da Virgem (parede 1) e o seu casamento (parede 3). Nas trompas da cúpula, cuja forma triangular é acentuada por cercadura de folhagem e flores, encontram-se cartelas circulares envoltas por folhagem, ilustrando emblemas cujo mote surge, em letras maiúsculas, inferiormente.

Autorias

Datas importantes

Iconografia

Sobre a ficha
Referências

Azulejaria em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.

O Azulejo em Portugal. [s.l]: Publicações Alfa, 1989.

Azulejaria barroca em Évora: um inventário. Évora: Universidade, Centro de Investigação, 1999. ISBN 972-778-017-2

Inventário Artístico de Portugal - Concelho de Évora. Vol. I (tomo VII). Lisboa: Academia Nacional de Belas Artes, 1966.

História da Arte em Portugal - o Barroco. Barcarena: Editorial Presença, 2003.

    - António de Oliveira Bernardes. Dicionário da Arte Barroca em Portugal. Lisboa : Ed. Presença. 1989. pp. 79-81.

Notícia de alguns pintores portugueses e de outros que, sendo estrangeiros, exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Typografia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, 1903.

Azulejaria Portuguesa. 3ª. Lisboa: Bertrand, 1985.

A pintura do azulejo em Portugal [1675-1725]. Autorias e biografias - um novo paradigma. Tese de Doutoramento em História da Arte. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2012.

    - A família Oliveira Bernardes. A Águia. Porto 1917. pp. 196-208.

    - Azulejadores e pintores de azulejos, de Lisboa. A Águia. Porto 1918. pp. 167-178.

    - Alguns azulejos de Évora. A Cidade de Évora. 1943. pp. 3-17.

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